quinta-feira, 30 de abril de 2015

'Minha Luta' de Hitler, um dos (poucos) best-sellers do mundo árabe

Filial da cadeia inglesa de varejo, a Virgin Megastore do Catar recomenda a leitura de  Mein Kampf (Minha Luta) de Adolph Hitler

O mundo árabe é o último bastião de um anti-semitismo desenfreado, desavergonhado, explícito e inacreditável. Mitos hitleristas são publicados na imprensa popular como verdades incontestáveis. O Holocausto é reduzido ao mínimo ou negado (...) É difícil de imaginar como o mundo árabe poderá um dia chegar a bons termos com Israel quando retrata os israelenses como o diabo
Os países árabes têm uma das mais baixas taxas de alfabetização do mundo -- 27,9%, ou 97 milhões de árabes, são analfabetos. 
Os árabes representam 5% da população mundial, e ainda assim produzem apenas 1% dos livros publicados no mundo, sendo a maioria deles livros religiosos. Como medida de comparação, Espanha traduz mais livros para o espanhol a cada ano do que todo o mundo árabe tem traduzido para o árabe desde o século IX.  (Literacy and adult education in the Arab World) [2]

Ainda assim -- e apesar desses números impressionantes! --, é  no mundo árabe, e em geral no mundo muçulmano, que Mein Kampf tem tido mais edições desde 1930. Mesmo hoje, quando os Protocolos dos Sábios de Sião são o maior best-seller dos países árabes, Mein Kampf ainda continua a ter tiragens significativas de Argel ao Cairo, de Tunis a Teerã, de Trípoli a Damasco, de Beirute a Islamabad e de Bagdá a Jacarta.

O seu sucesso foi tão grande na Palestina (antes da criação de Israel) que na sua edição de 13 de Março de 1939, o Times, de Londres, revelava que os maiores compradores fora da Alemanha eram os árabes vivendo naquele território.
Uma tradução para o árabe de Mein Kampf foi distribuída em Jerusalém Oriental e nos territórios controlados pela Autoridade Palestina (AP) e se tornou um best-seller. Em 2005, o site oficial do serviço de informação estatal palestino também publicou uma tradução árabe dos "Protocolos dos Sábios de Sião".

Mas é na Turquia que a bíblia do nazismo atingiu a maior popularidade. O livro -- Kavgam em turco -- está à venda em todas as cidades turcas, das livrarias mais respeitáveis as bancas de rua.

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Há Apartheid em Israel?

Reda Mansour (رضا منصور) - poeta e diplomata. Ele é o embaixador de Israel no Brasil. Druso.

Naim Araidi (نعيم عرايدي)‎ - o poeta árabe-druso é o embaixador de Israel na Noruega.

George Deek (جورج الديك) - serve como vice-embaixador de Israel na Noruega. Cristão árabe.  

Rania Okby - a primeira médica beduína no mundo.

Salim Joubran (سليم جبران) - Ministro da Suprema Corte de Israel. Árabe.

Ghassan Alian (غسان عليان) - Coronel da brigada Golani do exército de Israel. Árabe-druso.

Alean al-Krenawipresidente da faculdade Achva. Beduíno.  

Niral Karantinji - vencedora da segunda temporada do programa The Models (versão israelense do America's Next Top Model). Muçulmana árabe.

Nasrin Qadri (نسرين قادري) - vencedora do reality show musical "Eyal Golan te chama". Árabe muçulmana.

Aziz Darawshe (عزيز دراوشة) - Diretor da emergência do hospital Hadassah-Ein Kerem. Árabe muçulmano.  

Massad Barhoum (مسعد برهوم) - Diretor-geral do Hopital da Galiléia. Árabe. 

Lina Makhoul (لينا مخول) - Cristã árabe. Vencedora do reality show musical The Voice. 

Yusef Mishleb - Major-general do exército de Israel. Árabe-druso.

Jamal Zahalka (جمال زحالقة) - Ferrenho anti-sionista que diz sofrer com o "apartheid israelense", mas é membro eleito do parlamento de Israel por três mandatos consecutivos. Fez mestrado e doutorado na Universidade Hebraica de Jerusalém. Árabe muçulmano.

Walid Badir (وليد بادر) - ex-jogador de futebol e capitão do time israelense HaPo'el Tel Aviv. Jogou 74 jogos pela seleção israelense. Árabe.

Rana Raslan (رنا رسلان) - Miss Israel. Representou o país no Miss Mundo de 1999.  Árabe.

Majalli Wahabi (مجلي وهبي) - Parlamentar israelense. Serviu como Vice-Ministro da Educação e, em 2007, atuou como chefe de estado durante uma viagem da presidente-interina, depois do afastamento do então presidente Moshe Katsav. 

Hanin Zoabi (حنين زعبي) - política anti-sionista. Defende a destruição de Israel enquanto serve como deputada no parlamento do país. Árabe muçulmana.

Azmi Bishara (عزمي بشارة) - ex-parlamentar israelense. Fugiu do país depois que a polícia descobriu que ele colaborava com o grupo terrorista libanês Hezbollah. Árabe muçulmano.


domingo, 19 de abril de 2015

Estado Islâmico produz vídeo mostrando a execução de 30 cristãos etíopes como recado para a "nação da cruz"

Novo vídeo produzido pelo Estado Islâmico mostra 30 cristãos etíopes sendo executados. Segundo alguns relatos, eles decapitaram 15 cristãos e fuzilaram os outros 15. No vídeo, um dos carrascos afirma que eles vão continuar matando os cristãos até que o politeísmo -- neste caso, a crença na Trindade e na divindade de Jesus -- seja destruído. 



O vídeo começa com os tradicionais louvores a Alá e ao profeta Maomé. Em seguida, o carrasco manda uma longa mensagem para a "nação da cruz".

Aos 3:26, logo após as execuções, um homem falando em árabe diz:
"Dizemos aos cristãos que o Estado islâmico vai se espalhar por toda parte pela vontade de Alá. Ele vai chegar até vocês, mesmo que vocês estejam seguros em suas fortalezas. Quem quer que se converta ao Islã terá paz, e quem aceitar o status de Dhimmi (cidadão de segunda classe subjugado pelos muçulmanos) [1] [2] [3] será deixado em paz. Mas aquele que rejeita os nossos termos não receberá nada de nós, exceto o fio da espada. Os homens serão abatidos, as mulheres e crianças serão escravizadas e seu dinheiro será confiscado. Esta é a lei de Alá e de seu profeta." 
"Combatei aqueles que não crêem em Alá nem no último dia, que praticam o que foi proibido por Alá e Seu Mensageiro, e não reconhecem a religião da verdade, mesmo que sejam dos Povos do Livro, até que paguem a Jizya com submissão voluntária, e se sintam subjugados." 
- Corão 09:29

sábado, 18 de abril de 2015

Padre árabe fala sobre o genocídio em Gaza

Esta imagem foi retirada da página oficial do padre Gabriel Naddaf:


Um estudo publicado pelo professor alemão Gunnar Heinsohn, da Universidade de Bremen, confirma que nunca houve um genocídio cometido por Israel e que o conflito árabe-israelense é um dos menos mortais da história.

A fim de colocar as fatalidades do conflito no seu próprio contexto, Gunnar Heinsohn compilou estatísticas para classificar os conflitos desde 1950 pelo número de mortes humanas ocorridas. Note como bem abaixo na lista encontra-se o lançamento das letras em negrito.


Conflitos desde 1950 com mais de 10.000 Fatalidades *
140.000.000China Comunista, 1949-76 (matança total, escassez causada pelo homem, Gulag)
210.000.000Bloco Soviético: final do Estalinismo, 1950-53; pós-Stalinismo, até 1987 (principalmente o Gulag)
34.000.000000 Etiópia, 1962-92,: Comunistas, fome artificial, genocídios
43.800.000Zaire (Congo-Quinshasa): 1967-68; 1977-78; 1992-95; 1998-até o presente
52.800.000Guerra da Coréia, 1950-53
61.900.000Sudão, 1955-72,; 1983-2006 (guerras civis, genocídios)
71.870.000Camboja: Khmer Rouge 1975-79; guerra civil 1978-91
81.800.000Guerra do Vietnã, 1954-75
91.800.000Afganistão: Matanças Soviéticas mutuamente destrutivas e do Taliban 1980-2001
101.250.000Massacres do Paquistão ocidental no Paquistão Oriental (Bangladesh 1971)
111.100.000Nigéria, 1966-79 (Biafra); 1993até o presente
121.100.000Moçambique, 1964-70 (30,000) + depois da retirada de Portugal 1976-92
131.000.000Guerra Irã-Iraque 1980-88
14900.000Genocídio em Ruanda, 1994
15875.000Argélia: contra a França 1954-62 (675.000); entre islâmicos e o governo 1991-2006 (200.000)
16850.000Uganda, 1971-79; 1981-85; 1994 até o presente
17650.000Indonésia: Marxistas 1965-66 (450.000); Timor Oriental, Papua, Aceh etc, 1969 até o presente (200.000)
18580.000Angola: guerra contra Portugal 1961-72 (80.000); depois da retirada de Portugal (1972-2002)
19500.000Brasil contra os seus índios, até 1999
20430.000Vietnã, depois que a guerra terminou em 1975 (seu próprio povo; refugiados dos barcos)
21400.000Indochina: contra a França, 1945-54
22400.000Burundi, 1959-present (Tutsi/Hutu)
23400.000Somália, 1991 até o presente
24400.000Coréia do Norte até 2006 (seu próprio povo)
25300.000Curdos no Iraque, Irã, Turquia, anos 80 à 90
26300.000Iraque, 1970-2003 (Saddam contra as minorias)
27240.000Colômbia, 1946-58,; 1964 até o presente
28200.000Iugoslávia, regime de Tito, 1944-80
29200.000Guatemala, 1960-96
30190.000Laos, 1975-90
31175.000Serbia contra a Croácia, Bósnia-Herzegovina, Kosovo, 1991-1999
32150.000Romênia, 1949-99 (seu próprio povo)
33150.000Libéria, 1989-97
34140.000Rússia contra a Chechênia, 1994 até o presente
35150.000Guerra civil do Líbano, 1975-90
36140.000Guerra do Kuwait, 1990-91
37130.000Filipinas: 1946-54 (10.000); 1972 até o presente (120.000)
38130.000Burma/Mianmar, 1948 até o presente
39100.000Iêmen do Norte, 1962-70
40100.000Serra Leoa, 1991 até o presente
41100.000Albânia, 1945-91 (próprio povo)
4280.000Irã, 1978-79 (revolução)
4375.000Iraque, 2003 até o presente (doméstico)
4475.000El Salvador, 1975-92
4570.000Eritréa contra a Etiópia, 1998-2000
4668.000Sri Lanka, 1997 até o presente
4760.000Zimbábue, 1966-79; 1980 até o presente
4860.000Nicarágua, 1972-91 (Marxistas/nativos etc...)
4951.000Conflito Árabe-Israelense 1950 até o presente
5050.000Vietnã do Norte, 1954-75 (próprio povo)
5150.000Tagiquistão, 1992-96 (secularistas contra Islâmicos)
5250.000Guiné equatorial, 1969-79
5350.000Peru, 1980-2000
5450.000Guiné, 1958-84
5540.000Chad, 1982-90
5630.000Bulgária, 1948-89 (próprio povo)
5730.000Rodésia, 1972-79
5830.000Argentina, 1976-83 (próprio povo)
5927.000Hungria, 1948-89 (seu próprio povo)
6026.000Independência da Cachemira, 1989 até o presente
6125.000Governo Jordaniano x Palestinos, 1970-71 (Setembro Negro)
6222.000Polônia, 1948-89 (seu próprio povo)
6320.000Síria, 1982 (contra islâmicos em Hama)
6420.000Guerra chinesa-vietnamita, 1979
6519.000Marrocos: Guerra contra a França, 1953-56 (3.000) e no Saara Ocidental, 1975 até o presente (16.000)
6618.000República do Congo, 1997-99
6710.000Iêmen Sul, 1986 (guerra civil)
* Todos os números foram arredondados. Fontes: Brzezinski, Z., Fora de Controle: Tumulto global na Véspera do Século XXI, 1993; Courtois, S., Le Livre Noir du Comunismo, 1997,; HEINSOHN, G., DER DE LEXIKON VÖLKERMORDE, 1999, 2º ED.; HEINSOHN, G., UND DE SÖHNE WELTMACHT, 2006, 8º ED.; RUMMEL. R., Morte pelo Governo, 1994; Pequeno, M. e Singer, J.D., Recorra às Armas: Guerras Internacionais e civis 1816-1980, 1982,; White, M., Número de Mortos das Principais Guerras e Atrocidades do Século XX," 2003.
Este inventário horrível mostra o número total de mortes em conflitos desde 1950 é de aproximadamente 85.000.000. Dessa soma, as mortes causadas pelo conflito árabe-israelense, desde 1950, incluem 32.000 mortes devido a ataques de estados árabes e 19.000 devido a ataques palestinos ou seja 51.000 ao todo. Árabes compõem aproximadamente 35.000 dos mortos e os judeus israelenses 16.000.
Estes números significam que as mortes nos confrontos entre árabes e israelenses, desde 1950, significam somente 0,06 por cento do número total de mortes em todos os conflitos naquele período. Graficamente, só 1 em cada 1,700 pessoas mortas em conflitos desde 1950 morreram devido ao conflito árabe-israelense.

(Adicionando os 11.000 mortos na guerra da independência israelense, 1947-49, compostos de 5.000 árabes e de 6.000 judeus israelenses, não se alteram estes números significativamente).

Numa perspectiva diferente, uns 11.000.000 (onze milhões!) de muçulmanos foram mortos violentamente desde 1948, dos quais 35.000 (ou 0,3 por cento) morreram durante os sessenta anos de lutas com Israel, ou seja 1 a cada 315 fatalidades muçulmanas. Em contraste, mais de 90 por cento dos 11 milhões que pereceram foram mortos pelos próprios muçulmanos.


Professor Heinsohn é o diretor do für de Raphael-Lemkin-Institut Xenophobie - und Genozidforschung da Universidade de Bremen.

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Jornal egípcio denuncia: Mais importante universidade islâmica do mundo ensina que é permitido comer judeus e cristãos mortos


O jornal egípcio Egypt Independent, que é a versão em língua inglesa do gigante al-Masry al-Youm, denuncia que a universidade al-Azhar, a mais tradicional e importante instituição religiosa muçulmana do mundo, ensina a crianças que judeus, cristãos e descrentes mortos podem ser comidos em caso de necessidade -- mas proíbe que eles comam um muçulmano caso se encontrem na mesma situação.

Original:
Livros didáticos de jurisprudência religiosa usados por estudantes da al-Azhar abordam, entre outros assuntos, a questão de comer seres humanos mortos, citando Mansour bin Yunus al-Bahuti, um estudioso da escola Hanbali de jurisprudência que morreu há 500 anos, dizendo que comer judeus, cristãos e descrentes é halal (permitido pelo Islã) se for uma necessidade, mas os não-muçulmanos não podem comer muçulmanos mortos, mesmo em caso de necessidade.
Outro livro didático cita Imam al-Sherbini, da escola Shafi de jurisprudência, dizendo que profetas mortos de qualquer religião não devem ser comidos. E que quando ele foi informado de que os profetas não morrem e que jazem vivos, rezando em suas sepulturas, de acordo com a Hadith, ele explicou que sua intenção foi dizer que isso se aplicaria caso eles fossem encontrados mortos antes de serem enterrados. 
Ele também esclareceu que a carne de mortos judeus, cristãos e infiéis deve ser comida crua, e não cozida ou grelhada.
Outros livros didáticos da al-Azhar dizem que a ingestão de judeus, cristãos e descrentes mortos pode ser autorizada não apenas por necessidade, mas também como uma punição por heresia.
No livro “Persuasion in Resolving the Words of Abi Shoga” que segue a escola Shafi de jurisprudência, o autor diz que um guerreiro muçulmano pode matar e comer homens, mulheres e crianças infiéis, se eles não tiverem sido eles próprios guerreiros. 
Mas bin Abdel Salam recomenda comer adultos guerreiros e deixar as crianças guerreiras [vivas] por seu valor econômico como escravas.
No capítulo que trata do que é permitido comer, o livro "al-Sharh al-Saghir", que explica a escola Maliki de jurisprudência, diz que não é permitido comer animais selvagens caçados por um muçulmano e um infiel em conjunto, ou nada abatido por um cristão ou um judeu. 

domingo, 12 de abril de 2015

Anti-Sionismo ou anti-semitismo? Judeus anti-sionistas são agredidos por muçulmanos defendidos por eles


No dia 30 de março de 2012, o site في المرصاد  cobriu uma manifestação anti-Israel chamada Global March. O texto, intitulado اعتداء على حاخامات يهود في مسيرة القدس (Ataque contra rabinos judeus em marcha por Jerusalém), conta como judeus americanos anti-sionistas do minúsculo grupo Neturei Karta foram agredidos na Jordânia enquanto marchavam em favor destes mesmos muçulmanos e contra Israel:


عمان- في المرصاد- شهدت مسيرة القدس التي انطلقت صباح الجمعة من مختلف مناطق الأردن تزامنا مع اطلاقها في أكثر من ثمانين مدينة في العالم، اعتداءً بالضرب والشتم ضد حاخامات يهود يحملون الجنسية الأميركية يشاركون في المسيرة، باعتبارهم معارضين لسلطات الاحتلال الإسرائيلي.

واعتدى شبان متحمسون على 4 من هؤلاء المشاركين اليهود، بسبب ارتدائهم ملابس حاخامية. وينتسب هؤلاء إلى حركة "ناطوري كارتا" الرافضة للاحتلال الإسرائيلي لفلسطين، والداعية لعدم قيام دولة إسرائيل.

A matéria prossegue informando que líderes da manifestação pedem por proteção a esses judeus já que eles atuam contra Israel. O texto ainda dá informações sobre as motivações e a origem do grupo anti-sionista. O que ele omite é que:

O Neturei Karta tem apenas algumas centenas de membros;

É um grupo tão radical que foi banido e renegado por todas as comunidades judaicas -- incluindo até outros grupos ultra-ortodoxos;

O grupo era financiado pela Autoridade Palestina/Yasser Arafat.

Yemen Post: Bombardeios sauditas no Iêmen deixam mais de 400 crianças feridas ou mortas

Do jornal Yemen Post:



A ação conjunta da Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Qatar, Bahrein e Egito veio em resposta ao pedido do presidente iemenita, Abdo Rabbo Mansour Hadi, que foi derrubado do poder pelos houthis, um grupo muçulmano xiita apoiado pelo Irã.

O conflito já causou a morte de 3 sauditas e centenas de iemenitas -- grande parte deles civis --, mas a imprensa não tem dado quase nenhum destaque a esse fato. As acusações de "ataques aéreos indiscriminados" e "resposta desproporcional", muito usadas por jornalistas ocidentais durante o conflito entre Israel e Hamas em Gaza, não são vistas em lugar nenhum...


sábado, 4 de abril de 2015

Acordo nuclear entre EUA e Irã: O GLOBO chama de "vitória da diplomacia" e "primeiro passo para paz"; imprensa árabe acusa Obama de covardia e diz que ele permite que o Irã continue sua "guerra expansionista" e busca pela bomba atômica


O jornal O Globo traz em sua edição do dia 3 de abril de 2015 uma chamada de capa sobre o programa nuclear iraniano. O jornal, repetindo as afirmações de Obama e da Casa Branca, classifica o acordo como uma "vitória da diplomacia" e como o "primeiro passo para a paz". 

O tom é o oposto do que se vê na imprensa árabe, que afirma que o acordo é apenas um apaziguamento e que permitirá que o Irã obtenha armamento nuclear. E tudo isso por causa da busca de Obama por glória e por um legado.  


Salah al-Mukhtar, Agência de Notícias Amnon / صلاح المختار، وكالة عمون الاخبارية

"Este é um acordo perigoso ... [ele] fornece ao Irã o que ele mais necessita para prosseguir com suas guerras e expansionismo contra os árabes: dinheiro"  
(أيها العرب عدوتكم اسرائيل الشرقية "ايران") 
 Hassan al-Barari, jornal al-Sharq / حسن البراري، صحيفة الشرق
"O Irã tem tentado intervir no Iraque, Líbano e Síria, e está vendo que não está pagando por isso ... Há também em Teerã um sentimento de que os EUA estão evitando um confronto militar com os iranianos."
(لدرء الخطر الأكبر) 

Os árabes, especialmente os que vivem no Golfo, consideram o acordo como um sinal de "fraqueza" do EUA e como uma luz verde para que o Irã prossiga com o seu regime "expansionista" no mundo árabe.

"Alguns países árabes se opõem ao acordo nuclear porque ele representa uma ameaça aos seus interesses", disse o jornal egípcio Al-Wafd, em um artigo intitulado "Acordo de Obama com o Irã ameaça mundo árabe."  (سياسيون: اتفاق أوباما مع إيران يهدد العالم العربي)

O jornal citou Hani al-Jamal, um pesquisador político egípcio, dizendo que o acordo significa que a comunidade internacional aceitou o Irã como uma potência nuclear. Ele previu que o acordo irá colocar o Irã e alguns países árabes, como Arábia Saudita e o Egito, em rota de colisão.

Jihad Odeh, um professor egípcio de ciência política, disse que as "realizações de Obama são projetadas para desmantelar o mundo árabe. Obama quer conquistar realizações históricas antes do fim de seu mandato, destruindo a al-Qaeda, buscando uma aproximação com Cuba e conseguindo um acordo nuclear com o Irã."


أن أوباما يريد أن يحقق إنجازات يسردها له التاريخ قبل انتهاء مدة ولايته الرئاسية عام 2016 عن طريق القضاء على القاعدة والتقارب مع كوبا والوصول الى اتفاق بخصوص النووى الإيرانى, مؤكداً أن إنجازات أوباما تهدف إلى تفكيك العالم العربى .

Ecoando o medo generalizado entre os árabes quanto as ambições territoriais do Irã no Oriente Médio, o analista político Hassan al-Barari escreveu no jornal al-Sharq, do Qatar, contra a política de apaziguamento e de busca de glória pessoal conduzida por Barack Obama:
"O Irã tem tentado intervir no Iraque, Líbano e Síria e está vendo que não está pagando qualquer preço -- pelo contrário, há tentativas por parte das grandes potências de alcançar entendimentos com o Irã. Há também um sentimento em Teerã de que os EUA estão tentando evitar um confronto militar com os iranianos e seus aliados. Os países do Golfo aprenderam com as lições do passado em diversas áreas. A política de apaziguamento só trouxe mais guerras. Qualquer tipo de apaziguamento com o Irã só vai levá-lo a pedir mais e, provavelmente, se intrometer nos assuntos internos dos países árabes e aumentar a sua arrogância."
إيران بدورها جربت التدخل في العراق ولبنان وسوريا وهي ترى أنها لا تدفع ثمنا لذلك، بل على العكس هناك محاولات من قبل القوى الكبرى في العالم للتفاهم مع إيران.. كما أن هناك انطباعا لدى إيران يفيد بأن الولايات المتحدة تتجنب مواجهة عسكرية مع قواتها أو حتى الفصائل التي تحظى بالدعم الإيراني، وإذا كان الأمر هكذا فالأمر – وفقا للإيرانيين – سينطبق على اليمن!

ويبدو أن دول الخليج تعلمت من دروس التاريخ في مناطق مختلفة، فسياسة الاسترضاء لم تجلب يوما من الأيام إلا الحروب، وثبت للقاصي والداني أن أي نوع من الاسترضاء مع إيران سيقود الأخيرة لطلب المزيد وربما حتى التدخل في شؤون الدول العربية وممارسة الغطرسة  

Salah al-Mukhtar, um colunista jordaniano, escreveu um artigo intitulado "Oh árabes, acordem! Seu inimigo é o Irã", no qual ele acusa os EUA de facilitar as guerras de Teerã contra os países árabes.

Descrevendo o Irã como "Israel oriental", al-Mukhtar diz que o aspecto mais perigoso do acordo é que ele permite que o Irã continue com suas "guerras destrutivas" contra os árabes. "Este é um acordo perigoso, principalmente para Arábia Saudita e para as forças de oposição no Iraque e na Síria", o colunista jordaniano advertiu. 

"Este acordo oferece ao Irã o que ele necessita para prosseguir com suas guerras e expansionismo contra os árabes: dinheiro. Acabar com as sanções é a maneira que a América tem para apoiar as guerras perigosas e diretas contra os árabes, o término das sanções também fornece aos iranianos os fundos necessários para alavancar seu avanço persa. Os EUA querem drenar a Arábia Saudita e os Estados Árabes do Golfo, em uma preparação para dividi-los."

O jornal libanês Daily Star, em um editorial intitulado "Um acordo ou legado?",  também expressou ceticismo em relação ao acordo nuclear: 
"Como toda essa conversa de que este acordo vai contribuir para tornar o mundo mais seguro... se Obama está realmente preocupado com seu legado, especialmente no Oriente Médio, ele deve agora trabalhar com o Irã e incentivá-lo a se tornar, mais uma vez, um membro normal da comunidade internacional, e não um país que patrocina conflitos, seja diretamente ou através de seus aliados, em toda a região. Caso contrário, este acordo só deixaria o Irã mais encorajado em seu projeto expansionista".

Já Maryam Rajavi, a presidente do Conselho Nacional da Resistência iraniano, foi ainda mais clara, e afirmou que:
A declaração de generalidades, sem a assinatura e aprovação oficial do líder espiritual [aiatolá] Khamenei, não bloqueia o caminho de Teerã rumo a uma bomba nuclear, nem impede as suas fraudes. 
Continuar as conversações com o fascismo religioso no Irã - como parte de uma política de apaziguamento - não vai proteger a região e mundo da ameaça da proliferação nuclear. 
Obedecer as resoluções do Conselho de Segurança da ONU é a única maneira de bloquear os mulás [líderes religiosos] de obter armas nucleares. 
Leniência e concessões injustificadas por parte do P5 + 1 para o regime menos confiável do mundo só concede mais tempo e agrava ainda mais os perigos que ele representa para o povo iraniano, para a região e para o resto do mundo

 Khaled Abu Toameh é um jornalista árabe-israelense

Terrorismo x Pobreza: nove estudantes de medicina britânicos se juntam ao Estado Islâmico

Em mais um evento que expõe ao ridículo a administração Obama -- cuja porta-voz do Departamento de Estado, Marie Harf, afirmou que o combate contra o Estado Islâmico deve ser feito com estímulos econômicos e criação de empregos --, nove estudantes de medicina do Reino Unido abandonaram seus estudos e vidas de classe média-alta para se unirem ao grupo terrorista muçulmano.

De acordo com o site al-Arabiya, quatro mulheres e cinco homens britânicos chegaram a Síria para trabalhar em hospitais do grupo terrorista. O grupo era formado por jovens na faixa dos 20 anos de idade, sendo que todos são britânicos de ascendência sudanesa e estudavam na Universidade de Ciências Médicas e Tecnologia, em Cartum.


Os estudantes de medicina foram identificados como Hisham Mohammed Fadlallah, Lena Maumoon Abdulqadir, Tamer Ahmed Ebu Sebah, Rowan Kamal Zine El Abidine, Sami Ahmed Kadir, Ismail Hamadoun, Nada Sami Kader, Mohamed Osama Badri Mohammed e Tasneem Suleyman.