quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Mufti de Jerusalém usa tradição islâmica para incitar o genocídio de judeus

Em uma cerimônia do Fatah, o atual mufti (o mais alto cargo para um líder religioso) de Jerusalém traz um hadith, parte da tradição oral islâmica, para incitar contra os judeus. O mufti foi indicado para o cargo pela moderada Autoridade Palestina.

Exibido no dia 9 de janeiro de 2012, no canal oficial da Autoridade Palestina



O video começa com um moderador que apresenta o mufti no evento Fatah (do "moderado" Mahmoud Abbas). Ele lembra de outra crença islâmica logo nos primeiros segundos: que os judeus são descendentes de porcos e macacos.
Nossa guerra com os descendentes dos macacos e porcos (os judeus) é uma guerra de religião e fé.

O mufti, além de não se distanciar desta declaração, acrescentou outra: que o objetivo do Islã é matar judeus.

Existem inúmeras coleções de hadith, algumas das quais não são aceitas como confiáveis. No entanto, o mufti salientou que a crença de que os judeus serão mortos pelos muçulmanos como uma precondição para ressurreição é uma autêntica crença islâmica, porque esse hadith aparece na coleção al-Bukhari, que é considerada verdadeira e confiável. E essa não foi a primeira vez que o mufti se meteu em encrenca. Em outro discurso público ele afirmou que "os judeus são inimigos de Alá"...

Após críticas de líderes americanos, o mufti da Autoridade Palestina tentou se explicar. Em um primeiro momento, disse que o discurso não foi uma "incitação à matança de judeus. Nós não podemos mudar os escritos religiosos históricos e nós não queremos mudá-los. No entanto, estamos falando agora sobre a realidade. A realidade é que queremos alcançar uma paz justa". Depois afirmou que seu pronunciamento foi maliciosamente editado.

Como resposta, a ONG que tinha publicado apenas um trecho do discurso resolveu não só exibir o discurso na íntegra como ainda respondeu as alegações do líder religioso:


 As declarações das duas mais altas autoridades religiosas da Autoridade Palestina são deturpações do que o mufti disse. Na verdade, as palavras que ele escolheu para fornecer um contexto mostram que ele citou este hadith que antecipa muçulmanos matando judeus para torná-lo [o Hadith] relevante para o conflito árabe-israelense atual.
 O mufti introduziu o hadith referindo-se aos "47 anos" do Fatah e da "revolução" palestina, desta forma colocando o hadith no contexto de hoje. Em seguida, ele acrescentou que este é um "hadith confiável" das coleções verdadeiras e de confiança, e parte da lei/crença islâmica aceita. Depois de citar o hadith, o mufti afirmou que os israelenses estão plantando a "árvore Gharqad em Israel e em torno dos assentamentos e colônias", sugerindo que Israel está se preparando para o momento em que os muçulmanos cumprirão este hadith vindo para matá-los. De acordo com a tradição islâmica, a árvore Gharqad será a única árvore que não chamará os muçulmanos para matar os judeus que estarão se escondendo atrás dela. Ao dizer que israelenses já estão plantando estas árvores em torno de suas cidades, o mufti estava relacionando explicitamente o hadith sobre o assassinato de judeus com o atual momento. Ele não estava apenas citando "escritos religiosos históricos", como alegou.

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