sexta-feira, 26 de setembro de 2014

"O Monte do Templo sempre foi um local sagrado muçulmano e o judaísmo não tem qualquer ligação com ele"

Durante a reunião de cúpula de Camp David em 2000, Yasser Arafat afirmou que jamais houve um templo judaico no Monte do Templo. Um ano depois, Ikrima Sabri, o Mufti de Jerusalém indicado pela Autoridade Palestina, declarou à publicação alemã Die Welt: “Não há (nem sequer) o menor indício da existência de um templo judaico nesse lugar no passado. Em toda a cidade, não há uma só pedra para atestar a história judaica”.

Essas opiniões são desmentidas por um livro intitulado Um Guia Conciso para al-Haram al-Sharif, publicado pelo Supremo Conselho Muçulmano em 1925. O Conselho, organismo muçulmano máximo de Jerusalém durante o Mandato Britânico, afirmava no guia que o local do Monte do Templo “é um dos mais antigos do mundo. Sua santidade remonta a tempos remotos. Sua identidade com o lugar do Templo de Salomão é inegável. Segundo a crença universal, esse também é o local onde David ergueu um altar para Deus e realizou oferendas queimadas e de paz”.


Numa descrição da área das Cavalariças de Salomão, convertidas em uma nova mesquita por funcionários do Wakf islâmico em 1996, o guia declara:
...pouco se sabe ao certo sobre a história antiga dessa câmara. Provavelmente remonta à construção do Templo de Salomão... Segundo (Flávio) Josefo, foi construída e usada como local de refúgio pelos judeus na época da conquista de Jerusalém por Tito, no ano 70 EC

Com mais autoridade, o Corão – livro sagrado do islã – descreve a construção do primeiro templo (34:13) e relata a destruição do primeiro e segundo templos (17:7).

A conexão do judaísmo com o Monte do Templo remonta a mais de três mil anos e está enraizada na sua tradição e na sua história. Quando Abraão amarrou seu filho Isaac sobre um altar como sacrifício a Deus, acredita-se que o fez sobre o Monte Moriá, atual Monte do Templo. O local mais sagrado do primeiro templo continha a Arca da Aliança original, e tanto o primeiro como o segundo templos foram os centros da vida religiosa e social judaica
até a destruição do último pelos romanos. Após a destruição do segundo templo, o controle do Monte do Templo passou pelas mãos de inúmeros conquistadores poderosos.

O Domo da Rocha foi construído no lugar dos antigos templos durante o primeiro período do domínio muçulmano. Judeus estritamente praticantes não visitam o Monte do Templo por temerem pisar acidentalmente no local mais sagrado do Templo, que guardava a Arca da Aliança original, porque o local exato no Monte é desconhecido. 

Versão completa do livro al-Haram al-Sharif, publicado pelo Supremo Conselho Muçulmano (1925)

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