quinta-feira, 31 de julho de 2014

ONG de direitos humanos afirma que morto era civil enquanto a imprensa árabe confirma -- apenas em seu idioma -- que ele era um militar

ONG Palestinian Center for Human Rights é pega mais uma vez  mentindo sobre a identidade dos mortos e alegando que terroristas eram civis.

Este é Amjad Zaher Hamdan, o mais novo "civil" morto por Israel:



Isso é o que a ONG tem a dizer sobre sua morte:
Por volta das 11:55 de quarta-feira, 9 de julho de 2014, um avião de guerra israelense lançou um míssil contra um número de civis palestinos que estavam perto de sua casa. Como resultado, Sahar Hassan al-Masri, 35; seu filho Mohammed Ibrahim al-Masri, 15; seu filho Aseel, 16; e seu sobrinho Amjad Zaher Hamdan, 24, foram mortos. Outros dois civis também ficaram feridos.

E aqui o que a imprensa árabe-palestina diz sobre o mesmo evento:


أعلنت سرايا القدس، الجناح العسكري لحركة الجهاد الإسلامي، عن استشهاد أحد مقاتليها في غارة إسرائيلية استهدفت منزله في بلدة بيت حانون شمال قطاع غزة بعد ظهر اليوم الأربعاء.
وقالت مصادر طبية إنها انتشلت جثمان الشهيد أمجد زاهر حمدان، في العشرينيات من عمره، من تحت أنقاض منزله الذي استهدفته طائرات الاحتلال ببلدة بيت حانون.
"As Brigadas de al-Quds, o braço armado do movimento Jihad Islâmica, confirmou a morte de um de seus combatentes em um ataque aéreo israelense que teve como alvo uma casa na cidade de Beit Hanoun, no norte da Faixa de Gaza, na quarta-feira a tarde. Fontes médicas disseram que recuperaram o corpo do mártir Amjad Zaher Hamdan, em seus vinte anos, debaixo dos escombros de sua casa alvejada por aviões israelenses na cidade de Beit Hanoun."

A ONU divulga sua lista de civis vitimados baseada nos números e nomes fornecidos por grupos como o Palestinian Center for Human Rights. Para a ONU, ONGs de direitos humanos e para a imprensa internacional, Amjad Zaher Hamdan, e muitos outros como ele, são civis...  

Príncipe saudita culpa o Hamas pelas mortes em Gaza e ataca a Turquia e o Qatar por seu apoio ao grupo


Uma matéria publicada por jornais de todo o Oriente Médio [1] [2] [3] [4] [5] [6] traz declarações do ex-chefe do serviço de inteligência saudita, o príncipe Turki al-Faisal, responsabilizando o Hamas pelas mortes em Gaza e criticando o Qatar e a Turquia por estarem mais interessados em enfraquecer o Egito politicamente do que salvar Gaza.


Ele  culpa  o  Hamas  por  ter  se recusado  a  aceitar  o  cessar-fogo -- apesar de Israel te-lo aceito --, critica o grupo por ter continuado com o lançamento de foguetes apesar de sua ineficiência e menciona a "arrogância" do grupo, que segundo ele, não aprende com os erros do passado.

Trechos relevantes da matéria:

تحظى إسرائيل بدعم من الأمير السعودي الذي يتهم قطر وتركيا بأنهما ترغبان بإضعاف مصر أكثر من إنقاذ غزة

جاء قرار حركة حماس للعودة لعملية إطلاق الصواريخ نظرًا لعدم تعلم الحركة من أخطاء الماضي.

وبالمقابل، كان الرد الإسرائيلي قاسيًّا، ودفع قطاع غزة ثمنًا باهظًا للحرب، وتتميز حركة حماس بهذه التصرفات بالغطرسة.

وفقًا لأقوال الأمير السعودي، فإن حركة حماس ارتكبت خطأ عندما رفضت قبول وقف إطلاق النار بينما وافقت إسرائيل على ذلك، وتابعت إطلاق الصواريخ تجاه إسرائيل، ورغم أن الصواريخ قد وصلت إلى تل- أبيب، إلا أنها لم تلحق أية خسائر بالبشر أو بالممتلكات.

Todos os jornais têm como fonte primária o jornal pan-árabe Asharq Al-Awsat.




quarta-feira, 30 de julho de 2014

Hamas executa sem julgamento acusados de "colaborar" com Israel enquanto a imprensa internacional trabalha como porta-voz do grupo terrorista

De acordo com o jornal palestino al-Quds, o Hamas tem executado de forma sumária pessoas acusadas de "colaborar" com Israel.
Fontes confirmaram que o grupo executou pelo menos 13 palestinos sob suspeita de "colaboração", sendo que nenhum dos suspeitos foi levado a julgamento. As execuções teriam sido realizadas de maneira brutal, incluindo  espancamentos e fraturas de braços e pernas.


 قالت مصادر خاصة في المقاومة الفلسطينية، أن العديد من العملاء الذين لم يتم اكتشافهم سابقا من قبل جهاز الأمن الداخلي في غزة، يستخدمون منذ بداية العملية العسكرية الإسرائيلية على غزة "إشارات خاصة" تمكن الطائرات من استهداف منازل المواطنين وكذلك استهداف مجموعات قريبة.

وفي ذات السياق، كشفت المقاومة عن إعدام مجموعة أخرى من العملاء خلال الأيام الماضية في أعقاب إعدام 4 آخرين مع بداية العملية العسكرية على غزة.

وحسب المصادر، فقد تم إعدام 9 عملاء ثبت تورطهم في قتل مجموعة من المقاومين في حي الشجاعية شرق مدينة غزة، فيما تم إطلاق النار على مجموعة أخرى في أقدامهم كرسالة تحذير لهم بمنعهم من التعاون مع الاحتلال وفرض إقامة جبرية عليهم داخل منازلهم بعد تجريدها من أجهزة الاتصال.

وكانت مصادر أخرى من المقاومة قد كشفت منذ أيام لـ القدس دوت كوم، أن المقاومة أعدمت 4 عملاء تورطوا بقتل مجموعة من المقاومين بعد اغتيالهم من قبل الاحتلال.

Ainda segundo as fontes, o Hamas também também tem atirado nas pernas de suspeitos de "colaboração" para impedi-los de se locomover. Muitos outros, incluindo ativistas do Fatah, foram colocados em prisão domiciliar. 

Esta não é uma história que o Hamas gostaria de ver publicada pela imprensa internacional e, por isso mesmo, nenhum dos jornalistas estrangeiros na Faixa de Gaza mencionou os assassinatos brutais em suas matérias. Eles temem perder o acesso a Gaza caso publiquem notícias que não interessem ao grupo.

Prova disso é o caso deste jornalista italiano, que só revelou que o Hamas foi o responsável pelas mortes no campo de refugiados de al-Shati depois de sair de Gaza:


"Fora de Gaza, longe da retaliação do Hamas: foguete defeituoso matou crianças ontem em Shati.
Testemunha: militantes se apressaram e removeram o entulho"

Israel já tinha afirmado que as mortes foram causadas por um foguete defeituoso do Hamas, mas toda a imprensa, incluíndo a NBC americana, culpou Israel pelo ataque. Apenas este jornalista italiano -- e só depois de deixar Gaza -- noticiou a verdade. Ele deixa claro que se omitiu e não publicou a verdade por medo de retaliação por parte do Hamas. Ou seja: se o repórter está trabalhando em Gaza, ele está seguindo a linha editorial... do Hamas.

A NBC só mudou o texto, deixando a questão em aberto, depois que o jornalista italiano tuitou seu relato. Até então a emissora tinha achado a versão do Hamas mais confiável que a do exército israelense...

"O Hamas é uma organização humanitária e o grupo tem apoio da população por não ser corrupto como a Autoridade Palestina"

Em uma entrevista recente, o professor Ahmed Karima, da Universidade Al-Azhar, no Egito, afirmou que nos últimos anos o Hamas se tornou um clube de milionários. De acordo com Karima, o Hamas pode se gabar de ter nada menos que 1.200 milionários entre seus líderes e funcionários de nível médio.

وقال إن حركة حماس الإخوانية يوجد بها 1200 ملياردير طبقًا لدراسة عالمية موثقة مشيرًا إلى أن المال والنساء هما أهم أهداف قيادات الإخوان وأعوانهم من التيارات الأخرى.


Esta afirmação confirma a estimativa fornecida pelo líder da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, que calculou em 800 o número de residentes milionários em Gaza

,De acordo com informações originalmente publicadas na imprensa jordaniana e israelense três dos líderes do Hamas -- Ismail Haniyeh, Khaled Mash'al e Mousa Abu Marzuk -- acumularam fortunas estimadas em bilhões de dólares cada. Mashal foi acusado de ter se apropriado de todo o "fundo sírio" do Hamas, estimado em centenas de milhões de dólares, ao deixar Damasco para viver uma vida luxuosa no Qatar, em 2012


[...] إسماعيل هنية رئيس حكومة غزة يمتلك 4 مليارات دولار. وأضافت الصحيفة أن خالد مشعل رئيس المكتب السياسى للحركة، يمتلك ما بين 2إلى 5 مليارات دولار، ويمتلك موسى أبو مرزوق ما بين 2إلى 3 مليارات دولار، ويمتلكون سيارات وشققا فارهة خارج فلسطين.

terça-feira, 29 de julho de 2014

"A população de Gaza vive na miséria"



 Tomates em um suq [mercado] na Faixa de Gaza


No início do conflito entre Israel e o Hamas, o governo egípcio decidiu enviar ajuda humanitária aos habitantes de Gaza. Aproximadamente 500 toneladas de alimentos e suprimentos médicos foram enviados pelo Ministério da Defesa, o que causou uma onda de críticas vindas da população e da imprensa do país:


إن مستوي معيشة المواطن الغزاوي أعلي بكثير من مستوي معيشة المواطن المصري ، وفقراء مصر أشد إحتياجا من فقراء غزة ، وقطر تستطيع أن تنفق علي غزة ماتشاء ، لكن فقراء مصر يتعرضون لحرب تجويع ضارية .. بالتالي : لا يجب إرسال أي شئ يحتاجه المصريين ، وما يحتاجة
"O padrão de vida do cidadão de Gaza é muito mais alto que o do cidadão 
egípcio. Os pobres no Egito são mais necessitados do que os pobres na Faixa de Gaza. Deixe o Qatar (um dos maiores financiadores do Hamas) gastar tanto quanto quiser na Faixa de Gaza. Nós não devemos enviar qualquer coisa que os egípcios também necessitem".  
el-Bashayer 


 A fartura em Gaza contrasta com a escassez de alimentos no Egito


segunda-feira, 28 de julho de 2014

"Gaza é um campo de concentração a céu aberto"

Faixa de Gaza


É comum nos dias de hoje ver jornais e emissoras de TV se referindo a Faixa de Gaza como um "campo de concentração a céu aberto", mas se os jornalistas ocidentais tivessem a coragem de fugir do lugar-comum e da já obrigatória narrativa vitimista ao noticiar assuntos relacionados aos palestinos, eles deixariam de lado suas traduções de propaganda esquerdista da CNN e do The Guardian e dariam mais importância para os relatos de jornalistas árabes e israelenses.

Ashraf Abu Al-Houlum jornalista do diário egípcio al-Ahram, confirmou aquilo que todos os repórteres ocidentais sabem, mas que se recusam a revelar: que Gaza não está realmente fechada num cerco e que qualquer opressão sentida pelos palestinos locais é causada por outros árabes, e não por Israel.
Em chocante contraste com os relatos da mídia ocidental, que falam de privação e carência generalizadas em Gaza, Abu al-Houl relatou que no local "prevalece um sentimento de absoluta prosperidade, que se manifesta nos enormes resorts ao longo e perto da costa de Gaza."



Crazy Water Park, o parque aquático oficial do 'campo de concentração' de Gaza

(O parque foi interditado pelo Hamas, pois ele permitia que homens e mulheres entrassem em suas piscinas ao mesmo tempo. Alguns meses depois ele foi incendiado por 40 homens mascarados.)


Ashraf Abu al-Houl continua seu relato se dizendo espantado com "a visão das mercadorias e dos luxos que enchem as lojas de Gaza". Ele também descobriu que a maior parte dos bens pode ser comprada em Gaza a preços muito mais baixos do que no Egito porque em Gaza "a oferta é muito maior que a procura."

Tal como alguns poucos jornalistas ocidentais tiveram coragem de relatar, esse fato levou al-Houl ao reconhecimento de que o limitado embargo israelense a Faixa de Gaza controlada pelo Hamas "é formal ou político, não econ
ômico". Em outras palavras: Israel não está causando uma crise humanitária ou econômica em Gaza.

Há contudo pobreza generalizada em Gaza, mas que é fruto da corrupção, existindo um grande fosso entre 'os que têm' e 'os que não têm'.

Al-Houl entrevistou o ativista político Mustafa Ibrahim, que contou que cerca de 20% dos habitantes de Gaza controla quase toda a riqueza do território, e quase todos eles são 
filiados ao Hamas, que dirige o governo local. Os habitantes ricos de Gaza investem fortemente na indústria do lazer e gastam desordenadamente, ao mesmo tempo que cobram taxas vergonhosamente altas por luxos básicos, como por exemplo frequentar uma praia.

Entre o resto da população o desemprego atinge aproximadamente 45%, e esses são os habitantes de Gaza constantemente apresentados pela mídia ocidental como "produtos" da assim chamada "opressão israelense".

A reação mundial a essas imagens transmitidas pela imprensa é inundar Gaza com ainda mais ajuda humanitária, que passa pelas mãos dos ricos, acabando por torná-los ainda mais ricos, ao passo que os pobres ficam mais pobres...



ORIGINAL: 

شعارهم "الفقراء يمتنعون"منتجعات فاخرة لأثرياء الحصار في غزة 

ظاهرة جديدة "غريبة" يشهدها قطاع غزة حاليا، تتناقض تماما مع آثار الحصار الإسرائيلي الخانق الذي تعانيه غالبية أهالي غزة . طبقة من "أثرياء الحصار" تتنافس في إنشاء المنتجعات الفاخرة علي طول ساحل القطاع، من رفح جنوبا، إلي بيت حانون شمالا. أثرياء الحصار يتزايدون في ظاهرة لافتة، رافعين شعار "الفقراء يمتنعون"، أو بالأحري يستمرون في معاناتهم. "الأهرام" رصدت الظاهرة وما يصاحبها من صور "غريبة"، أبرزها الزيادة غير المسبوقة في حجم السلع المعروضة بالأسواق والمتاجر بأسعار أقل كثيرا عن أسعارها الحقيقية في مصر، بعد أن دخلت إلي غزة عبر "الأنفاق".
رغم أنني كنت في غزة في منتصف شهر فبراير الماضي إلا أنني عندما عدت اليها منذ ثلاثة اسابيع تقريبا تعرفت عليها بالكاد فقد تغيرت بدرجة كبيرة في هذه الشهور الأربع، والمفاجاة الأكبر لي تمثلت في طبيعة التغير، فالمتوقع أن يكون التغيير في ظل الحصار للأسوأ ولكن العكس حصل فقد بدت لي وكأنها تخلصت من الحصار وباتت علي النقيض تعاني من رفاهية مطلقة تمثلت في العديد من المنتجعات السياحية الفاخرة التي انتشرت علي شاطيء غزة والمناطق المتاخمة له كما أن منظر السلع والكماليات المكدسة في المتاجر كان صادما لي فالسلع تباع باسعار ارخص من مصر رغم أن معظمها يأتي من السوق المصرية ويضاف اليه اسعار الشحن والتهريب عبر الأنفاق، وبالتالي فقد كان المنتظر أن يكون أغلي وليس أرخص .
وقبل أن احكم علي الصورة لأنها تكون احيانا خادعة فقد استأجرت سيارة تارة وتارة أخري استعنت بأصدقاء غزيين للقيام بجولة علي المنتجعات الجديدة الفاخرة في معظمها والأسواق التجارية لاكتشف أن حدسي لم يكن خاطئا، فالمنتجعات والاسواق باتت عنوانا للرفاهية ودلالة علي أن الحصار بات أسميا أو قل سياسيا وليس اقتصاديا بينما الواقع يؤكد أنه حتي وقبل جريمة اسطول الحريةالتي ارتكبتها اسرائيل ضد سفن كسر الحصار في نهاية مايو الماضي كان الحصار قد تكسر بالفعل بفضل دخول كل شيء من مصر للقطاع عبر الانفاق والا لما تمكن رجال الأعمال من انشاء كل تلك المنتجعات في أقل من أربعة أشهر .
سوق السبت
كانت بداية الرحلة .. رحلة البحث عن حقيقة الحصار في رفح حيث "سوق السبت" الأسبوعية والتي وجدتها مكتظة بكميات كبيرة وأصناف عديدة من السلع والبضائع باسعار في معظمها أقل من مصر خصوصا السلع الاستهلاكية والمواد الغذائية ومع ذلك كان الاقبال علي الشراء ضعيفا لسببين أحدهما ان المعروض أكثر بكثير من المطلوب وثانيا لأن الموظفين كانوا في انتظار صرف الرواتب .
وأكد البائع أبويوسف الذي وقف أمام محله محاطا بمئات المعلبات الغذائية، فإن أسعار المعلبات انخفضت بصورة كبيرة، مشيرا إلي أن بعضها بات يباع بأقل من نصف الثمن الذي كان يباع به قبل شهرين.
أما بائع الملابس أبو محمد المصري فأشار إلي أن سوق الملابس في قطاع غزة تعاني حالة تشبع غير مسبوقة، موضحا أن الملابس باتت تصل القطاع من خلال مصدرين أولهما الأنفاق التي وفرت كميات كبيرة منها في حين دخلت من خلال المعابر التجارية مع اسرائيل كميات أكبر معظمها كانت محتجزة في ميناء اسدود الإسرائيلي منذ سنوات.
وأوضح أن رغبة التجار في بيع السلع لاسترداد جزء من أموالهم وتعويض الخسارة التي لحقت بهم دفعتهم لعرض جميع بضائعهم في الأسواق ما أدي إلي انخفاض الأسعار.
حرق الأسعار
وخلال تجوالي في اسواق رفح وخان يونس وغزة لاحظت أن التجار يحرقون الأسعار حرقا للتخلص من بضائعهم المهربة من الأنفاق مع مصر تفاديا للخسائر الكبيرة التي سيتكبدونها مع تراجع الأسعار كثيرا بعد قرار اسرائيل بالسماح بإدخال البضائع الإسرائيلية والمستوردة في إطار إجراءات "تخفيف الحصار" التي قررتها الحكومة الإسرائيلية عقب مجزرة "أسطول الحرية".
ورغم تراجع الأسعار لاكتظاظ اسواق غزة بالبضائع فإن احساس الناس بان المزيد من الانخفاض في الطريق بسبب تحفيف الحصار الاسرائيلي وبالتالي تسود حالة من الترقب والحذر علي أسعار السلع والبضائع والأجهزة الكهربائية والسيارات المهربة جراء امتناع المستهلكين عن الشراء وتفضيل الكثيرين الانتظار إلي حين وصول السلع من المعابر التي فتحتها.
وقال تاجر سيارات يملك معرضا لتجارة السيارات في مدينة غزة إنه يسعي إلي بيع ما لديه من سيارات ويرفض شراء سيارات جديدة لتلافي خسائر كبيرة بعد ان قررت إسرائيل إدخال السيارات الممنوعة من الدخول منذ عام .2006و الذي يسير في شوارع غزة يكتشف بسهولة وجود مئات ان لم يكن الاف السيارات التي دخلت القطاع من مصر عبر الانفاق وبعضها مسروق.
وتشهد محال بيع الأجهزة الكهربائية وأدوات الطهو عروضا مغرية علي جميع أنواع الأجهزة المهربة سعيا من التجار إلي التخلص من بضائعهم مع ورود المعلومات يوميا عن أصناف وسلع جديدة قرر الاحتلال إدخالها إلي غزة.
المنتجعات
وفيما يتعلق بالمنتجعات الفاخرة الجديدة وما اكثرها في غزة فقد جعلت من غزة مدينة توحي بغير مظهرها فهي تعكس صورة لرخاء لايتمتع به سوي فئات محدودة معظم افرادها من أغنياء الحصار سواء كانوا من أصحاب الأنفاق أوالعاملين في المنظمات الدولية وما أكثرها في غزة وعلي رأسها وكالة غوث وتشغيل اللاجئين الفلسطينيين (اونروا) .
وقد أصبحت المنتجعات في غزة مقسمة لعدة أقسام لكل قسم منها تسعيرة خاصة وليست كالسابق مجرد طاولات مطلة علي البحر و متاحة لجميع شرائح المواطنين , حيث أصبحت مقسمة كأن تكون البداية عبارة عن منطقة معشبة بالكامل تسمح للمواطن الذي لا يرغب في السباحة بالجلوس بهدوء لوجود مساحة واسعة لألعاب الأطفال بالإضافة إلي برك صغيرة تسمح للأطفال بالسباحة فيها دون قلق .
ولاحظت أن العديد من الاستراحات أو المنتجعات أصبحت تضع تسعيرة معينة للطاولات البعيدة والقريبة من شاطئ البحر علاوة علي وجود رسم باهظ لمجرد دخول المنتجع لايقل في الغالب عن 10شيكل (13جنيها) كما أن أي نشاط داخل المنتجع له تسعيرة، والمحصلة أن زيارة عائلية واحدة تتضمن مشروبا وسندوتش لكل طفل يكلف اجمالا حوالي 500شيكل .
ومنذ اشهر قليلة كان بغزة منتجع فاخر واحد تقريبا هو منتجع زهرة المدائن أما الآن فكل يوم يتم افتتاح منتجع فاخر جديد مثل منتجعات "كريزي ووتر" و "اكوا بارك" و "البستان" ،معظمها ملك لشخصيات في حماس او قريبة منهاعلاوة علي أن سلطات البلدية التابعة لحكومة حماس تفرض علي الشواطيء الشعبية رسوما كبيرة بمقياس غزة .
وتعمل ادارة حماس التي يترأسها رئيس الوزراء المقال اسماعيل هنية علي تمويل نفسها من عائدات المرافق والترخيصات والضرائب الاخري علي السجائر والمطاعم والمنشآت السياحية كالفنادق حيث كانت الضرائب المجباة كافية لدفع رواتب بعض الموظفين الحكوميين الموالين لحماس والذين يبلغ عددهم حوالي 30ألفا وكان الرئيس محمود عباس (ابومازن) قد حذف أسماءهم من كشوف الأجور التي كانت تضم قرابة 70الف اسم بسبب أن تعيينهم جاء عن طريق الحكومة التي تسيطر عليها الحكومة المقالة بغزة . والكثير منهم عملوا ضمن أجهزة الأمن التابعة لحماس كما أن حماس قامت في فترة السنوات الثلاث الماضية بتعيين حوالي 30الف شخص معظمهم في الأجهزة الأمنية وأهمها وأكبرها جهاز الأمن الداخلي.
وفي محاولة لفهم مايحدث في غزة سألت الأهرام العديد من السياسيين والحقوقيين :
يقول عائد ياغي القيادي في المبادرة الوطنية الفلسطينية التي يترأسها الدكتور مصطفي البرغوتي إن ظاهرة المنتجعات الفاخرة مثيرة للأهتمام والدراسة وتصاحبها ظاهرة انتشار المقاهي الشعبية والتي ظهرت مع تبطل الموظفين وعدم ذهابهم لأعمالهم بعد سيطرة حماس علي القطاع في منتصف يونيو 2007، وبالنسبة للمنتجعات الفاخرة فإن هناك تساؤلات تحيط بها لأنه من المنطقي أن الاستثمار لايكون الا في مناخ جيد ولكن في ظروف مثل ظروف غزة التي تعاني من الحصار واحتمالات تجدد العدوان فلا أحد يعرف الجدوي الاقتصادية لانشاء المنتجعات.
ظاهرة غسيل الأموال
أما وليد العوض عضو المكتب السياسي لحزب الشعب الفلسطيني فيقول إنه نمت خلال العامين الماضيين ظاهرة غسيل الاموال بغزة، حيث ارتفعت الأسعار بشدة للشقق والسيارات وزادت ظاهرة انشاء المنتجعات وكلها لاشخاص متنفذين يشاركون في تجارة الأنفاق حيث تراجعت عائلات غزة الغنية أمام الاثرياء الجدد من تجار الأنفاق .
وحتي بالنسبة للمنتجعات الشعبية التقليدية الرخيصة فقد تراجعت في الفترة الأخيرة بسبب فرض رسوم تراخيص ومبالغ طائلة من البلدية عليها كما أن العمران يواصل زحفه علي الشاطيء بينما المواطن العادي لا يمكن ان يتحمل مصاريف المنتجعات الفاخرة .
ويشير العوض الي ان انتشار المنتجعات الفاخرة يعكس ظهور طبقة برجوازية وأن جانبا من السيولة في السوق الغزية مصدرها مساعدات من جهات غير معلومة ورواج تجارة المخدرات والسلاح والتجارة عبر الأنفاق .
ويكشف وجيه أبوظريفة عضو اللجنة المركزية لحزب الشعب عن أن معظم رواد المنتجعات من الشباب لأنهم الأكثر ضيقا من الحصار ويعانون من البطالة والملل .
أما مصطفي ابراهيم الناشط في مجال حقوق الإنسان بغزة والكاتب السياسي فيقول إن مايثير الدهشة أن بناء المنتجعات في الشمال مخالف لأبسط مباديء الاستثمار لأنه يتم في مناطق معرضة للقصف والتدمير في ظل تهديدات اسرائيلية يومية لاتتوقف، ولذلك نلاحظ ان المستثمرين القدامي لم بجرأوا علي الاستثمار في الشمال .
واشار إلي أن هناك جهات معينة تقف وراء تلك الاستثمارات غير المحسوبة احيانا والتي تعتمد في تمويلها علي العائد الذي تحقق من تجارة الأنفاق وبالتالي تعكس استثمارا سياسيا .
ويختتم مصطقي ابراهيم كلامه بأن الغريب ان الاستثمار الترفيهي الكبير لحاصل في غزة حاليا يأتي في الوقت الذي يعتمد فيه 80% من سكان القطاع علي المساعدات من الاونروا وغيرها وفي ظل نسبة بطالة تصل إلي 45% من قوة العمل وبالتالي يعطي صورة خادعة عن الوضع الاقتصادي لغزة خاصة مع تكدس السلع والكماليات في المحال التجارية بشكل لايعكس الوضع الاقتصادي كما قلنا فلا أحد يهتم في ظل هذا المظهر الخادع والذي ربما تعمدته الحكومة الموجودة لاظهار أنها نجحت في كسر الحصار بزيارة المناطق الفقيرة مثل مخيمات رفح وجباليا.
 

domingo, 27 de julho de 2014

ONGs de direitos humanos afirmam que mortos eram civis e o Hamas, apenas em árabe, diz que eles eram militares


A ONG Palestinian Center for Human Rights diz:

Por volta das 11:55 (sexta-feira), um drone israelense disparou um míssil contra civis palestinos na área al-Zanna, na vila de Bani Suhaila. Como resultado, dois civis foram mortos: Mohammed Khalil al-Buraim, 25; e Mohammed Suleiman Hussein Sammour, 45. Quatro civis também ficaram feridos.

Mas no site das Brigadas de Abdel-Qader al-Husseini o mesmo Mohammed Khalil Samour al-Buraim está sendo celebrado como um "mártir" responsável pelo lançamento de foguetes do grupo em Khan Younis. 

بكل آيات والشموخ والكبرياء تزف قوات العاصفة – كتائب الشهيد عبد القادر الحسيني الى الحور العين شهيدها البطل بإذن الله / محمد خليل سمور البريم الملقب بالجمل أحد فرسان الوحدة الصاروخية في محافظة خانيونس والذي إغتالته طائرات العدو ظهر اليوم الجمعة الموافق 26/7/2014م أثناء توجهه للمسجد لأداء شعائر وصلاة الجمعة



A ONU divulga sua lista de civis vitimados baseada nos números e nomes fornecidos por grupos como o Palestinian Center for Human Rights. Para a ONU, ONGs de direitos humanos e para a imprensa internacional, Mohammed Khalil Samour al-Buraim, e muitos outros como ele, são civis...  

sábado, 26 de julho de 2014

"O Hamas não faz uso de escudos humanos" parte 3


O video abaixo, transmitido no canal oficial do Hamas (al-Aqsa TV), mostra que o grupo instrui a população a ignorar avisos do exército israelense e a agir como escudo humano para proteger os terroristas do grupo -- o que é considerado um crime de guerra e faz com que a parte da população que escolhe agir dessa forma passe de vítima a cúmplice dos terroristas.

"The presence or movements of the civilian population or individual civilians shall not be used to render certain points or areas immune from military operations, in particular in attempts to shield military objectives from attacks or to shield, favour or impede military operations. The Parties to the conflict shall not direct the movement of the civilian population or individual civilians in order to attempt to shield military objectives from attacks or to shield military operations." 
Geneva Convention, Practice Relating to Rule 97




"Exortamos o nosso povo palestino -- especialmente os residentes do noroeste de Gaza -- a não obedecer ao que está escrito nos panfletos distribuídos pelo exército israelense de ocupação (que pede que os civis evacuem as áreas usadas como bases militares pelo Hamas).

Nós os exortamos a ficar em suas casas e a ignorar as ordens para sair, por mais grave que a ameaça possa ser." 

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Líder do Hamas: Queremos muito mais que a Palestina, queremos o mundo inteiro


Mahmoud al-Zahar diz, baseado na tradição islâmica, que os judeus mataram milhares de profetas e que o objetivo do Hamas é conquistar toda a Palestina e todo o mundo.




Ibn al-Kathir disse que Alá enviou 124 mil profetas e mensageiros. Os filhos de Israel -- ou os judeus -- mataram metade deles. Em outras palavras, eles mataram 62 mil profetas e mensageiros.

Nossa iniciativa se estende muito além da Palestina: A Palestina em sua totalidade, a nação árabe em sua totalidade, a nação islâmica em sua totalidade e o mundo inteiro.

"O Hamas não faz uso de escudos humanos" parte 2

Quando se fala que o Hamas recorre a escudos humanos no confronto com Israel, o que, obviamente, provoca um grande número de mortos, muitos críticos da política israelense contestam o que é uma evidência. Dizem que essa afirmação faz parte da máquina de propaganda de Israel. Será mesmo?
Entrevista com Abu Bilal al-Ja'abeer, membro do Hamas:




Atendi meu telefone e alguém me perguntou: "Você é Abu Bilal al-Ja'abeer?" 
Eu disse "sim".
Ele disse: "Sou da segurança israelense. Você tem cinco minutos para evacuar sua casa. Você e seus filhos."

Desliguei imediatamente e liguei para alguns amigos, que chamaram outras pessoas pelos alto-falantes. Eles se reuniram sobre o teto da casa, e ficaram lá até agora, para defender o teto da casa pelo tempo que Alá desejar.

Repórter: Assim que os cidadãos ouviram sobre a ameaça de ataque contra a casa, eles deixaram suas casas e foram para a casa de al-Ja'abeer para formar um escudo humano e impedir o bombardeio da casa.

segunda-feira, 21 de julho de 2014

"O Hamas respeita a população cristã sob seu controle"


Prece veiculada no canal estatal da Faixa de Gaza:





اللهم يا ربنا ويا مولانا ويا سيدنا
ويا إلإهنا يا منزل الكتاب ويا مجرى السحاب
ويا هازم الحزاب إهزم أعداءك وأعداء الدين فى كل مكان
اللهم عليك باليهود ومن هاودهم
والنصارى ومن ناصرهم
والشيوعيين ومن شايعهم

اللهم احصهم عددا وأقتلهم بددا
ولا تبقى فيهم منهم احدا


Alá, nosso senhor, subjugue seus inimigos, os inimigos do Islã, em todos os lugares
Alá, combata os judeus e seus simpatizantes, 
os cristãos e seus simpatizantes, 
os comunistas e seus seguidores
Alá, conte e mate até o último deles e não poupe nem mesmo um.

Mufti libanês diz que os palestinos são "lixo" e que não são bem vindos em seu país

الشيخ محمد رشيد قباني  xeique Mohammed Rashid Qabbani


Em 2011, o Grão Mufti do Líbano, xeique Mohammed Rashid Qabbani, participou de uma reunião em Beirute com uma delegação que representava os 400 mil palestinos que vivem no país. A reunião foi convocada para tratar dos roubos de terras estatais e sob controle religioso (Wakf) por parte palestinos.

"Nós hospedamos vocês e não os queremos mais", disse o mufti aos atônitos membros da delegação palestina.  Ao acusar os palestinos de "usurpar" terras Wakf para construir casas, Qabbani disse aos seus visitantes: "Eu vou defender as terras Wakf,  mesmo que isso me custe tudo o que tenho." 
Após alguns minutos de uma tensa conversa o mufti gritou: "Vocês são lixo. Vocês [palestinos] jamais serão vitoriosos. Nem a sua causa. Eu já não tenho medo de suas armas."

"انتم تجار ومغتصبون نحن استضفانكم ولم نعد نريدكم ضيوفا" وقال ايضا المفتي "انتم زبالة ولن ننتصر لقضيتكم انا ضدكم وساجرف الداعوق" وكرر هذا الكلام على مدار ربع ساعة. 

Samir Abu Afash, secretário-geral da OLP em Beirute, disse que enviou um relatório ao presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, sobre as declarações do mufti. 

Abbas instruiu o representante palestino a evitar um confronto com Qabbani por medo de que tal medida pudesse aumentar ainda mais as tensões entre os dois lados. 


Fonte: مفتي لبنان للوفد الفلسطيني: انتم زبالة وتجار ومغتصبون ولم نعد نريدكم

domingo, 20 de julho de 2014

Porta-voz do Hamas diz que árabes em Israel não têm nada a temer; primeiras vítimas dos foguetes do grupo no país são árabes


Fawzi Barhoum, porta-voz do Hamas, veio a público no dia 11 de julho para tranquilizar a população árabe de Israel. Em entrevista ao canal oficial do Hamas ele afirmou que os árabes israelenses nada tinham a temer, pois os foguetes do grupo atingem apenas judeus e sionistas. 




A primeira vítima de um foguete do Hamas em Israel foi justamente um árabe:
Um homem de 32 anos foi morto no sábado, quando um foguete disparado por terroristas de Gaza atingiu uma pequena comunidade beduína perto da cidade de Dimona.  
O homem foi identificado como Alouj Ouda. Sua esposa, filho, filha e cunhada foram feridos no ataque. 
A esposa de Ouda sofreu ferimentos por estilhaços em várias partes do corpo, e está em estado estável. A filha do casal, de quatro meses de idade, está em estado grave, com um ferimento na cabeça. O filho de quatro anos de idade também sofreu ferimentos múltiplos causados por estilhaços, mas está em bom estado. 
Os quatro sobreviventes da família estão sendo tratados no hospital de Soroka, em Be'er Sheva.  
Em um caso anterior, duas jovens irmãs ficaram gravemente feridas quando um foguete disparado por terroristas de Gaza atingiu uma comunidade beduína perto de Be'er Sheva. Uma das meninas luta por sua vida depois de sofrer ferimentos por estilhaços em seu estômago. Um homem idoso ficou gravemente ferido no mesmo ataque. 

*Dror Hanin, a primeira vítima civil israelense, foi morta por um morteiro.

Ministro do Hamas exalta o uso de escudos humanos e diz "Nós desejamos a morte assim como vocês (judeus) desejam a vida"


Fathi Hammad, então membro do conselho legislativo na Faixa de Gaza e atual ministro do interior do Hamas, confirma o uso de mulheres, idosos e crianças como escudos humanos e diz que os árabes-palestinos desejam a morte assim como os judeus desejam a vida.

\

Tradução:

Para o povo palestino a morte se tornou uma indústria na qual as mulheres se destacam, assim como todas as pessoas desta terra. Os idosos se destacam, os jihadistas se destacam e as crianças se destacam.
Portanto, [os palestinos] criaram um escudo humano de mulheres, crianças, idosos e jihadistas contra a máquina de bombardeio sionista, como se estivessem dizendo: "nós desejamos a morte assim como vocês desejam a vida".


"O Hamas não faz uso de escudos humanos"


Quando se fala que o Hamas recorre a escudos humanos no confronto com Israel, o que, obviamente, provoca um grande número de mortos, muitos críticos da política israelense contestam o que é uma evidência. Dizem que essa afirmação faz parte da máquina de propaganda de Israel. Será mesmo?
Abaixo, há um vídeo do dia 8 deste mês. Trata-se de uma entrevista que o porta-voz do Hamas, Sami Abu Zuhri, concede à Al-Aqsa TV, que é a televisão do Hamas. Prestem atenção, em especial a partir dos 32s. Traduzo na sequência.



A tradução
Entrevistador – As pessoas estão adotando o método dos escudos humanos, que foi bem-sucedido nos tempos do mártir Nyzar Rayan…
Porta-voz – Isso comprova o caráter dos nossos nobres, dos nossos lutadores da Jihad. São pessoas que defendem seus direitos e suas casas com o seu corpo e com o seu sangue. A política de pessoas que enfrentam aviões israelenses de peito aberto, a fim de proteger as suas casas, provou ser eficaz contra a ocupação (israelense). Além disso, essa política reflete o caráter dos nossos bravos, que são pessoas corajosas. Nós, do Hamas, convocamos o nosso povo para que adote essa política, a fim de proteger as casas palestinas.
Voltei
É estupefaciente! Aí está a confissão de que o Hamas adota a prática dos escudos humanos e, pior do que isso, faz dela uma política oficial. Só para esclarecer: Nyzar Rayan era um terrorista religioso do Hamas, que foi morto por Israel em 2009. Para se ter uma ideia: ele enviou um de seus filhos numa missão suicida, que matou dois judeus.
Assim, quando afirmo que Israel busca fazer o menor número de vítimas entre os seus e que o Hamas procura fazer justamente o contrário, não estou a dar uma mera opinião, com base em algum achismo ou em algum preconceito. Sami Abu Zuhri, o porta-voz do movimento terrorista, está dizendo que é assim mesmo. Como ele deixa claro, para o Hamas, a morte enobrece e prova a grandeza dos que oferecem o próprio corpo e o próprio sangue para a causa. Nessa perspectiva macabra, quanto mais mortes, mais, então, o movimento teria com que se regozijar.
É assustador? É sim. Como se nota, não colhi essa informação no material de propaganda “sionista”, como gostam de dizer alguns tolos. Eu estou aqui reproduzindo uma convicção e um credo do próprio Hamas. É fácil sair à rua carregando a bandeira palestina porque, afinal, há 190 mortos de um lado e um do outro. A questão é saber como se produziram esses cadáveres. Um dos chefões deixa claro: trata-se de uma política da morte adotada pelo grupo. E eles convocam a população a aderir. Israel avisa previamente quais são os alvos. A ordem é ficar para morrer.
Nessa perspectiva, quanto mais cadáveres, melhor!
Por Reinaldo Azevedo

sábado, 19 de julho de 2014

"Israel comete crimes de guerra quando bombardeia Gaza"

Ibrahim Khreisheh, o representante palestino no Conselho de Direitos Humanos da ONU, explica porque Israel não comete nenhum crime quando ataca Gaza -- mesmo quando civis morrem -- e porque os palestinos não recorrem ao Tribunal Penal Internacional: porque são eles que cometem crimes de guerra quando atacam Israel. 

No fim da entrevista ele ainda oferece um conselho muito útil a todos que discutem o conflito: "As pessoas precisam se instruir mais antes de falar de forma emocional."

Programa apresentado no dia 9 de julho de 2014, no canal oficial da Autoridade Palestina




Apresentadora: A demanda popular é recorrer ao Tribunal Penal Internacional e assinar o Estatuto de Roma. E demandam que isso seja feito imediatamente. Até que ponto isso é realista? 
Você é nosso representante em todas os organizações internacionais... que tipo de vantagem teríamos nesse caso? E será que poderíamos ser indiciados?

Ibrahim Khreisheh: Eu não sou candidato em nenhuma eleição palestina, então eu não preciso ganhar popularidade com a população.
Os mísseis que estão sendo lançados agora contra Israel... cada um deles constitui um crime contra a humanidade -- não importa se acertam ou erram -- porque são disparados em direção a alvos civis.

Portanto, alvejar civis -- seja um ou mil deles -- é considerado um crime contra a humanidade. 

Apresentadora: E é por isso que Israel recorreu a um ataque contra Gaza...

Ibrahim Khreisheh: Apelar ao Tribunal Penal Internacional requer um consenso, por escrito, de todas as facções palestinas.
Então, quando um palestino for morto por seu envolvimento na morte de um civil israelense, não seremos culpados por extraditá-lo.

Por favor, observe que muitos do nosso povo em Gaza apareceram na TV e disseram que o exército israelense os avisou para evacuar suas residências antes dos bombardeios.
Nesse caso, se alguém for morto, a lei considera isso um erro e não uma morte intencional, porque os israelenses seguiram os procedimentos legais.

Quanto aos mísseis lançados pelo nosso lado... nós nunca avisamos onde eles vão cair ou sobre as operações [militares] que realizamos.

Portanto, as pessoas precisam se instruir mais antes de falar de forma emocional sobre apelar ao Tribunal Penal Internacional.

sexta-feira, 18 de julho de 2014

"A maioria dos mortos em Gaza é civil."


Em tempos de guerra o trabalho da imprensa costuma ser extremamente difícil em razão dos riscos inerentes a qualquer conflito armado, mas em Gaza a tarefa é ainda mais árdua: o Hamas, que mesmo em períodos de relativa paz já controla com mão de ferro toda a informação que entra e sai do território, passa a ser a única fonte de informações -- que passam a ser repetidas pela ONU, por ONGs e pela imprensa sem questionamentos ou confirmação. 

Traduzo aqui folhetos produzidos pelo governo do Hamas e partes da página oficial do Ministério do Interior do grupo no Facebook. Os panfletos e os videos instruem a população a mentir, ensinam como enganar a imprensa internacional e exigem que TODOS os mortos sejam chamados de "cidadãos inocentes" (مواطن بريء) em entrevistas ou conversas com ocidentais.




Tradução:

Qualquer pessoa morta ou martirizada deve ser chamada de civil de Gaza ou da Palestina antes de falarmos sobre seu status na jihad ou sua patente militar. Não se esqueça de sempre acrescentar "cidadão inocente" para descrever os mortos em ataques israelenses. 

لا تنسى ان تضيف دوما "مواطن بريء" لتصف الذين قتلوا في العدوان على غزة بعد الغارة الإسرائيلية



Tradução:

Comece seus relatos das ações da resistência com a frase "em resposta ao cruel ataque israelense" e conclua com a frase "tantas pessoas (número de mortos) foram martirizadas desde que Israel começou sua agressão contra Gaza". Certifique-se de sempre perpetuar o princípio: "o papel da ocupação é atacar, e nós, na Palestina, estamos cumprindo [o papel d]a reação".


دوما ركز على مفهموم "دور الاحتلال الإسرائيلي هم الاعتداء ونحن في فلسطين نمثل رد الفعل"


No oitavo panfleto o Ministério do Interior preparou uma série de sugestões específicas para ativistas palestinos que falam com ocidentais através das redes sociais. O ministério destaca que, para manipulá-los emocionalmente, as conversas devem ser conduzidas de forma diferente das conversas com outros árabes:



Tradução:

Ao falar com ocidentais, você deve usar um discurso político, racional e convincente, e [deve] evitar um discurso emocional que implore por simpatia. Há elementos com consciência no mundo; você deve manter contato com eles e usá-los em benefício da Palestina. O papel deles é envergonhar a ocupação e expor suas violações. 


لا تدخل في جدل سياسي مع الغربي لتقنعه بان المحرقة كذب وخداع ، بل قارن بينها وبين جرادم إسرائيل بحق الفلسطينيين المدنيين 

Evite entrar em uma discussão política com um ocidental visando convencê-lo de que o Holocausto é uma mentira e uma fraude; em vez disso, iguale [o Holocausto] aos crimes de Israel contra civis palestinos.

A "narrativa da vida" versus a "narrativa de sangue": 
[ao falar] com um amigo árabe, comece pelo número de mártires (terroristas). [Mas ao falar] com um amigo ocidental, comece com o número de mortos e feridos. Certifique-se de humanizar o sofrimento palestino. Tente pintar um retrato do sofrimento dos civis em Gaza e na Cisjordânia durante as operações da ocupação e de seus bombardeios de cidades e aldeias.

Não publique fotos de comandantes militares. Não mencione seus nomes em público e não louve suas realizações em conversas com amigos estrangeiros!

Mensagem para ativistas no Facebook postada no website oficial do Ministério do Interior do Hamas 


Atualização 
Ayman Batniji (أيمن البطنيجي), o porta-voz da polícia palestina na Faixa de Gaza, reproduziu (no dia 8 de julho) na página oficial da polícia instruções publicadas nos panfletos acima:



quinta-feira, 17 de julho de 2014

Hamas rejeita cessar-fogo e GloboNews noticia como se Israel tivesse rompido o acordo; jornalista egípcio abertamente anti-Israel mostra ser menos parcial e critica o Hamas


Título da matéria da GloboNews omite do telespectador que o Hamas rejeitou o cessar-fogo proposto pelo Egito, que continuou atacando, e dá a entender que Israel rompeu o acordo logo após aceitá-lo. 


E assim foi como o jornalista egípcio Osama Mounir comentou o mesmo acontecimento:
(Exibido no canal Mehwar) 



Ontem o Hamas declarou oficialmente que rejeitou a iniciativa egípcia de cessar-fogo. E hoje nos surpreendeu novamente ao trazer 10 condições para aceitar a iniciativa. 

Ficará gravado nos anais da história que quando o Egito propôs um cessar-fogo, Israel concordou e os EUA acolheram [a proposta], assim como a Europa. Todos apoiaram a iniciativa egipcia, exceto vocês. 
O que vocês querem?

Vamos ver o que nossos irmãos -- desculpe, nossos irmãos distantes -- exigem. Em princípio... eu nem sei como chamar esse...
Pessoas estão sendo mortas e vocês fazem exigências: "Se vocês não nos derem o que queremos, o povo palestino pode ir para o inferno. Não nos importamos com quantos palestinos venham a morrer"

Exigência número 1: A construção de um porto sob supervisão internacional. 
Na realidade, o que o Hamas está dizendo é: se vocês querem que a gente pare de atirar, e se vocês querem por um fim a matança dos bons e miseráveis palestinos, construam um porto para nós.  
Isso é ótimo! 

Exigência número dois: A construção de um aeroporto internacional. 

Exigência número três: O cerco de Gaza deve ser completamente abandonado -- e bens como cimento e outros produtos devem ter a entrada permitida.
O fim do cerco é uma exigência razoável [fato: o Egito também proíbe a entrada em Gaza de materiais que podem ser usados para o terrorismo], mas exigir um porto e um aeroporto agora, enquanto as pessoas estão morrendo...

Vamos continuar. 

Próxima exigência: o fim da interferência em assuntos palestinos, incluindo eleições, governo, e por aí vai.

Estes são assuntos internos entre o Hamas, Fatah e a Autoridade Palestina.
Como isso pode ser relevante para as pessoas que estão morrendo agora?!
Eles também exigem que os agricultores tenham permissão para cultivar áreas próximas a fronteira, e que a pesca seja permitida até 10 km da costa de Gaza.

Em seguida eles exigem que o povo de Gaza tenha permissão para visitar a mesquita de al-Aqsa, e que as pessoas que foram presas recentemente sejam libertadas... É óbvio que vocês estão se referindo a sua própria gente, certo?

E agora estamos nos aproximando da maior catástrofe. Antes de ir para a exigência nove, vamos para a número dez: A força aérea sionista deve ser impedida de voar sobre Gaza. 
Vão sonhando! Israel nunca aceitará isso.

Aliás, eu não apoio Israel. Que Israel seja incendiado com gasolina suja! -- me perdoem a expressão. Essa gente merece ser queimada. Mas hoje, ó Hamas, nos encontramos numa situação onde temos dezenas de funerais, dia sim, dia não... 
Quando 211 inocentes morrem [ele conta terroristas mortos como inocentes], vocês não podem fazer exigências.

Em seguida eles exigem a abertura total de Rafah (fronteira com o Egito). Isso é ótimo!
Eles querem abrir a fronteira sob sua própria supervisão, sob a supervisão de um "país amigo" e de outro país árabe escolhido pelo Hamas. Vocês enlouqueceram?! 
Por que vocês não vêm aqui [no Egito] e tomam a praça Tahrir?! Vocês não querem o prédio governamental Mogamma também?!

Ouçam a minha proposta: Podemos construir uma pirâmide de plástico e vocês podem transformá-la em uma armadilha para turistas. Talvez vocês também queiram um rio Nilo com alguns barcos...

Vocês estão sonhando?! Por que deveríamos entregar [o controle de] Rafah para vocês?! Por que eu deveria abrir minha fronteira para vocês?!  
Será que não há soberania egípcia sobre nossas terras e fronteiras?!

Eu fiquei verdadeiramente surpreso com essas exigências. Depois dessas dez exigências do Hamas eu fiquei esperando uma décima primeira: restituir Mohammed Morsi (presidente egípcio deposto) na presidência. E por que não?!
Alguém que diz tais coisas deveria estar em um hospício, Isso é perturbador.

Quem quer que fruste a iniciativa egípcia será responsável pelo sangue palestino.
Permita-me repetir isso: quem quer que fruste a iniciativa egípcia será responsável pelo sangue palestino.